Família de camaleão, corpo desliza, dança, reclama.
O aluno fala, não pode falar. Não pode pensar, não!
Século do 21, tenho apenas 20, mas penso , amor.
Mãe, chame a dona liberdade para quebrar as correntes.
Correntes de tecnologias, redes sociais, mestres podres.
Ensino de apostilas, ensino de maus dizeres, mestre podre.
Os olhos de inocentes brilham no cristal, a alma reclama.
Quebre uma regra e caminhe ao meu lado, sempre ao lado.
Mãe, não sei trabalhar, não tenho forças, não sei mentir...
Nasci para anotar o que é fugaz, nasci para não cumprir...
O aluno foge e queima, o batalhão em motim, eu recebo.
Sem melhores grifes, eu escolho os artistas pobres e inseguros...
Eu escolho os melhores...
O aluno fala, não pode falar. Não pode pensar, não!
Século do 21, tenho apenas 20, mas penso , amor.
Mãe, chame a dona liberdade para quebrar as correntes.
Correntes de tecnologias, redes sociais, mestres podres.
Ensino de apostilas, ensino de maus dizeres, mestre podre.
Os olhos de inocentes brilham no cristal, a alma reclama.
Quebre uma regra e caminhe ao meu lado, sempre ao lado.
Mãe, não sei trabalhar, não tenho forças, não sei mentir...
Nasci para anotar o que é fugaz, nasci para não cumprir...
O aluno foge e queima, o batalhão em motim, eu recebo.
Sem melhores grifes, eu escolho os artistas pobres e inseguros...
Eu escolho os melhores...
By Camila Passatuto
2 comentários:
a tempos o mundo morreu, caminha, olha, finge que respira, mas morreu.
a sociedade te quer como o mundo é, e os melhores estão fora dessa rede
de açoites ao vento, apenas pra ouvir o estalo da chibata.
belo blog, belos textos!
pensar e existir, e não deixar o mundo morto nossa mente consumir!
Tenho a impressão que sua poesia tem uma coisa esquiva, fugidia, no de dentro. Há uns escapes ligeiros, uma forma de reclamar a liberdade, talvez, por esta coisa que torna os versos tão abertos, que é meter-se a falar de grandes temas. Realmente, que se saiba, o homem não tem a obrigação de sentar para escrever um poema com temas definidos...
Ah. E esta espécie de feminismo (posso estar redondamente enganado), que ressoa no fundo de seus versos, no porão de cada estrofe. Um protesto contido...
Faz lembrar, seus versos, um pouquinho do surrealismo decadente e hermético do Roberto Piva. Aquilo de referencias evidentes mas inconscientes retratando a miséria das grandes cidades, uma eterna incompletude.
Mas há sentidos claros. Amarrações criativas que tu faz. "Século do 21, tenho apenas 20", é legal.
Ainda assim insisto que há uma digressão, um olhar de soslaio, de rabo de olho, na sua poesia.
Gosto disso porque existe alguma inquietude, deixa a gente inquieto, como deve ser a poesia...
Gostei daqui.
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