terça-feira, 22 de julho de 2008

*Poema sem rimas*


Minha ausência é cristalina, sem perdão.
As mãos cansadas de escrever, sem carinho.
Meu olhar descreve o meu ser, sem fugacidade.
As bocas querem, as palavras também, ainda.

Verso que não faz sentido me deixa solta.
Sem motivos para cantarolar meus pêsames,
Mato então meu pardal, doce pardal, sem perdão.
Sem carinho, as bocas querem, sem fugacidade.

Um motivo sólido que se perde, as mãos cansadas;
Minha vontade de escrever se perde na vontade...
Cristalina minha ausência, então serei rei risonho.
Repedindo palavras, largado, aqui sou mais um...

E longe das palavras
Da métrica desnuda
Das mentiras de poeta
Vivemos sem viver...Na paz!


By Camila Passatuto